A decisão do vice-presidente da Câmara, Waldyr Maranhão (PP-MA), anulando a sessão de votação do Impeachment na Casa, é apenas mais um ato a contribuir para que haja ainda mais incertezas sobre o futuro da presidente Dilma Rousseff e do País.
Já comentei aqui sobre a forte tendência de judicialização deste caso.
Há ainda uma ação em curso no Supremo Tribunal Federal (STF), movida pela Advocacia Geral da União (AGU), que também poderia anular a votação na Câmara.
A polêmica atitude de Maranhão não é nada, senão mais do mesmo. Ele agiu em dobradinha com a AGU, aceitando os argumentos de um pedido que dormitava há tempos na gaveta de Eduardo Cunha, a quem substitui interinamente. São teses idênticas às apresentados no Supremo.
O próprio advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, já comentou diversas vezes que poderá recorrer à Suprema Corte ao longo de todo o processo do impeachment no Senado.
Como sempre, é difícil antecipar o que decidirá o STF, inclusive sobre este ato extemporâneo de Maranhão. Os partidos de oposição devem ingressar ainda hoje com mandado de segurança, com pedido de liminar, para tentar anular a decisão do deputado pepista, que agora está ameaçado de ser expulso do partido.
O plenário da Câmara também deve ser acionado para discutir o imbróglio.
Enquanto isso, o presidente do Senado, Renan Calheiros, decidiu manter as sessões que tratarão do impeachment.
O mais provável é que a decisão de Maranhão será invalidada, seja na Câmara ou no Supremo.
Caso contrário, na prática, só vai prolongar o calvário de Dilma Rousseff.
A conferir nas próximas horas.
Mais uma vez repito aqui a frase de Pedro Malan: “No Brasil, até o passado é incerto”.
Cada dia com a sua agonia. Amanhã tem mais.
2 Respostas para “A agonia e as incertezas diárias sobre o impeachment”
E enquanto isso, o país fica paralisado e nós seguimos agonizando!
O problema é o tamanho do buraco nas contas públicas que a D
Dilma está deixando como legado. A cada dia a mais que ela passa no poder mais crescem as malditas dívidas!