A agonia e as incertezas diárias sobre o impeachment

  • Por:Ibsen Costa Manso
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A decisão do vice-presidente da Câmara, Waldyr Maranhão (PP-MA), anulando a sessão de votação do Impeachment na Casa, é apenas mais um ato a contribuir para que haja ainda mais incertezas sobre o futuro da presidente Dilma Rousseff e do País.

Já comentei aqui sobre a forte tendência de judicialização deste caso.

Há ainda uma ação em curso no Supremo Tribunal Federal (STF), movida pela Advocacia Geral da União (AGU), que também poderia anular a votação na Câmara.

A polêmica atitude de Maranhão não é nada, senão mais do mesmo. Ele agiu em dobradinha com a AGU, aceitando os argumentos de um pedido que dormitava há tempos na gaveta de Eduardo Cunha, a quem substitui interinamente. São teses idênticas às apresentados no Supremo.

O próprio advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, já comentou diversas vezes que poderá recorrer à Suprema Corte ao longo de todo o processo do impeachment no Senado.

Como sempre, é difícil antecipar o que decidirá o STF, inclusive sobre este ato extemporâneo de Maranhão. Os partidos de oposição devem ingressar ainda hoje com mandado de segurança, com pedido de liminar, para tentar anular a decisão do deputado pepista, que agora está ameaçado de ser expulso do partido.

O plenário da Câmara também deve ser acionado para discutir o imbróglio.

Enquanto isso, o presidente do Senado, Renan Calheiros, decidiu manter as sessões que tratarão do impeachment.

O mais provável é que a decisão de Maranhão será invalidada, seja na Câmara ou no Supremo.

Caso contrário, na prática, só vai prolongar o calvário de Dilma Rousseff.

A conferir nas próximas horas.

Mais uma vez repito aqui a frase de Pedro Malan: “No Brasil, até o passado é incerto”.

Cada dia com a sua agonia. Amanhã tem mais.

Postado em: Política, Posts

Comentários

2 Respostas para “A agonia e as incertezas diárias sobre o impeachment”

  1. Cau Saraiva

    E enquanto isso, o país fica paralisado e nós seguimos agonizando!

    9 de maio de 2016 - 16:55 #
  2. Liana John

    O problema é o tamanho do buraco nas contas públicas que a D
    Dilma está deixando como legado. A cada dia a mais que ela passa no poder mais crescem as malditas dívidas!

    9 de maio de 2016 - 16:58 #

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