Voltando ao discurso da presidente Dilma sobre o impeachment, divulgado nas redes sociais, resta-me ainda fazer algumas considerações e tentar dirimir dúvidas:
- Originalmente, o pronunciamento era para ser levado ao ar no horário nobre, em rede nacional. A ideia foi abortada, após aconselhamento do advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, que, com conhecimento de causa e bom-senso, considerou que a iniciativa poderia caracterizar uso indevido da máquina pública para fins exclusivamente políticos.
- No entanto, a estrutura para a gravação foi montada, em princípio, com recursos do Planalto, já que seria um pronunciamento oficial da presidente. Tanto em forma, como em conteúdo, o programa apresentou muitas semelhanças com as peças publicitárias utilizadas na campanha de 2014. Quem escreveu o texto e dirigiu a presidente na gravação, uma vez que João Santana escontra-se preso em Curitiba. Sua equipe? Como se dá o pagamento a esses profissionais? Existe contrato formal com a Secom? Houve licitação?
- Uma vez cancelada a transmissão, haverá estorno desses recursos e débito para o PT, ou a quem de direito?
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