O governo de São Paulo acaba de dar mais um passa-moleque em seus contribuintes. Postergou mais uma vez a devolução dos créditos da Nota Fiscal Paulista. Em outubro do ano passado, deveria ter liberado os valores devidos, referentes aos gastos realizados no primeiro semestre. Com o argumento da queda de arrecadação, adiou para abril deste ano, quando também deveriam ser pagos os créditos do segundo semestre de 2015. Dia 11 serão liberados, finalmente, R$ 756 milhões. Mas essa é apenas a primeira parte. A grana do segundo semestre/15 só sai em outubro. Sem correção. Com a inflação a 10% a.a., façam as suas contas.
São Paulo de fato enfrenta dificuldades para cumprir seu planejamento e honrar compromissos. Os gastos só fazem subir e a recessão abala de forma significativa a arrecadação do ICMS, entre tantos outros impostos, que não cabe enumerar aqui, por falta de espaço. Obras importantes estão atrasadas há anos. Outras foram simplesmente interrompidas. O que não se tem notícia é de um esforço efetivo de redução da ineficiente máquina pública, a não ser o de fechar escolas que estariam sendo subutilizadas. Sem falar de desperdício, de denúncias de corrupção e sobrepreço em licitações e do caso da merenda, que comparado ao resto é mesmo só dinheiro de lanche tirado da boca de criança.
Isso tudo no Estado mais rico da Federação. Imaginem a pindaíba dos demais Estados e municípios de norte a sul do País. Anotem aí: este ano, com as eleições municipais, os gastos vão aumentar e o calote vai correr solto.
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