Deu na Exame: “Solução para Rede é lançar Marina como vice, dizem analistas”

  • Por:Ibsen Costa Manso
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O serviço online da revista Exame traz hoje reportagem sobre as graves dificuldades do Rede Sustentabilidade para a campanha eleitoral deste ano.

Isolada, com poucos recursos financeiros, a ameaça de ficar fora dos debates na TV (a legislação determina que só há obrigatoriedade para o convite para a legenda que tiver uma bancada de pelo menos cinco deputados ― o REDE hoje só tem dois) e a pouca atratividade para fechar coligações com outros partidos, Marina corre o risco de mais uma vez morrer na praia, apesar de liderar todas as pesquisas em um eventual segundo turno, num cenário sem a presença do ex-presidente Lula.

Os especialistas consultados consideram que a melhor solução para ela seria ser vice de outro candidato. A questão é “quem”?

Fui um dos entrevistados para essa reportagem. Mencionei seu isolamento e a imagem de indecisão que ficou marcada na campanha de 2014, quando da morte do então candidato do PSB, Eduardo Campos, num trágico acidente aéreo no Guarujá. Marina, que ela vice de Campos, escapou, por ter desistido de embarcar.

Sua gestão à frente do Ministério do Meio Ambiente, durante o governo Lula, foi duramente atacada. Com longo histórico na luta ambiental, ela foi criticada publicamente pelo presidente, por conta do atraso na concessão de licenças ambientais para obras do PAC, entrando em confronto direto com a então toda-poderosa ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.

A gota d’água foi a nomeação de Mangabeira Unger para coordenar o Plano Amazônia Sustentável (PAS). Cinco dias depois ela pediu demissão do Ministério. Saiu com a pecha de não estar preparada para fazer parte de um governo de coalizão.

Marina saiu do PT, passou pelo PV, migrou para o PSB e depois fundou o REDE.

Como eu mencionei à repórter Valéria Bretas (o que acabou não saindo na edição), acho muito difícil que Marina aceite ser vice.

Em primeiro lugar, porque ela lidera as pesquisas; e não faria sentido abrir mão do favoritismo para compor a chama de outro candidato com menos intenções de voto.

Depois porque não há no momento espaço para coligações com outros partidos de centro, centro-esquerda e de esquerda.

O PT insiste em manter a candidatura de Lula. Especula-se que, caso o ex-presidente seja considerado inelegível, poderia lançar um outro nome ou indicar alguém para vice de Ciro Gomes (PDT-CE), que também trabalha para receber o apoio do PCdoB, de Manuela D’ávila, e do PSB. A conferir.

Sendo assim, só restaria a Marina o recall das eleições de 2014, além de sua própria imagem de séria, honesta, intransigente com a corrupção e de origem humilde. O mesmo perfil atribuído a Joaquim Barbosa.

Clique aqui para ler a reportagem da Exame.

 

 

 

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